Se se tornar obrigatória a cobertura de riscos sísmicos, o valor do Seguro Multirriscos obrigatório pode subir cerca de 50 euros por ano, num seguro cujo capital médio é de 125 mil euros. Os dados são indicados pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS).
Face ao crescente risco sísmico em Portugal, o presidente da APS, José Galamba de Oliveira, vai avançar com uma proposta para a criação do fundo para riscos catastróficos, que levará a um aumento de cerca de 50 euros por ano no valor do seguro Multirriscos obrigatório, desde que este tenha um capital médio de 125 mil euros.
Em declarações ao Expresso (acesso pago), o regulador dos seguros indica que é importante “fazer com que as pessoas estejam protegidas”. Além disso, este valor adicional no seguro Multirriscos pode ser “mais baixo em determinadas zonas”, isto é, “com menos risco”, e “ligeiramente mais elevado em zonas de maior risco, como Lisboa”.
José Galamba de Oliveira considera que o facto de esta cobertura ser obrigatória faz com que a mesma seja “mais acessível”, pelo que quantas mais pessoas contribuírem, mais baixo é “o valor do prémio”. “O facto de tornar uma cobertura obrigatória não significa um aumento brutal do prémio”, acrescenta.
O presidente da APS considera ainda que o fundo teria uma capacidade de resposta até 8 mil milhões de euros, sendo os valores superiores assumidos pelo Estado.